O que é uma prova de amor? Doar se inteiramente ao outro? Porque? Para que? Para fazê-lo feliz? Ou para fazer a si mesmo feliz? Porque quem ama precisa de uma prova de amor? O que é uma prova? Radical de provação? Perguntas complexas...Porém, provavelmente, ao você assistir ao filme "Prova de Amor", perguntas mais complexas do que estas surgirão!
Sinceramente, parece mais um daqueles milhares de filmes que vão contar uma história de superação em que o amor é capaz de tudo. Eu mesma quando o vi nas prateleiras da locadora, hesitava em assistí-lo. Não queria me entristecer com mais uma personagem vitimada por uma doença dolorosa e fatal. Mas, um impulso levou-me a arriscar e eu, mais uma vez - afinal isso acontece nas melhores famílias - estava enganada!
Bom, você deve estar se perguntando do que se trata o filme? (Ou dizendo, putz... o que será que ela viu nesse filme!rs). Vamos lá... as histórias do filme:
Kate Fitzegerald, interpretada maravilhosamente por Sofia Vassilieva, é uma adolescente com câncer. Diagnosticada desde criança, só sobreviveu por que teve uma irmã doadora, Anna (outro destaque do filme, a pequena e brilhante, Abigail Breslin, de Pequena Miss Sunshine). Anna, por sua vez, foi fruto da biotecnologia, planejada genéticamente para que pudesse salvar a vida de Kate, de acordo com a vontade dos pais. No entanto, e é essa é a questão central do filme, Anna se opõe a essa decisão e para se fazer ouvir vai ao tribunal, com a ajuda de um advogado famoso (por que será que ele ajuda ela? Eu me perguntei desde o inicio!). Toda esse conflito, revela outras histórias dessa família: Uma mãe que deseja proteger sua filha doente a todo custo, ainda que... bom, vocês vão descobrir!; Um pai que tenta ouvir a todos, mas nem sempre é escutado; Um filho que deseja muito também existir para essa família; uma juíza que está para além de uma simples operadora do direito, ela sabe a dor da perda de uma filha.
E é essa história que vamos acompanhando e que vai se desenvolvendo em um tempo lógico, mas não linear, mostranto que o construto da família idealizada, também tem rachaduras!
Não posso contar o final. Você vai precisar assistir para tirar suas próprias conclusões. Mas, aviso, que também não se trata de mais um caso espetacular a ser julgado por um juri em um tribunal. Na verdade, na minha opinião, ainda que o câncer seja o vilão da trama, o tema central do filme também não é a doença. Trata-se de família, da escuta, do amor. Leva-nos a perguntar: será que escutamos a quem amamos? Será que somos capazes de respeitar o desejo do outro, ainda que não seja o nosso desejo? Será que há lados na família, um mais importante do que o outro? O que é então de fato o amor? ......................................
Vale a pena conferir!
Dados do Filme
Título Original: My Sister's Keeper
Ano Lançamento: 2009 (EUA)
Dir.: Nick Cassavetes
Elenco: Abigail Breslin, Cameron Diaz, Sofia Vassilieva, Alec Baldwin, Jason Patric, Evan Ellingson
Trata-se de uma paixão da qual desejo compartilhar com vocês. Paixão por aquilo que ao ser criado pelo ser humano o leva a outros mundos. Paixão por livros, filmes, músicas, enfim...Arte! Ops! Não sou especialista, apenas encantada com o mundo do possível!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Sempre os amigos me perguntam...
Sempre os amigos me perguntam se eu posso indicar um filme para o final de semana ou um livro especial. É justamente nestes momentos que minha memória injustamente revela sua fragilidade em registrar tantos nomes. Não a culpo, afinal, não são poucos filmes e livros que conheço. Eles são com uma paixão secreta, vários companheiros por tantos anos... Sinto-me injusta em não lembrar de cada um que me transportou a alguma realidade diferente e nem por isso distante de mim.
Lembro-me de, ainda criança, ter sido apresentada, por meus pais e pelo Bill, ao Sítio do Picapau Amarelo e ao Estranho Caso da Borboleta Atíria. Queria ter sido aquela borboleta e acreditava que o cheiro do livro do Monteiro Lobato - uma primeira edição bem conservada - deveria ser o cheiro do sítio... (não me pergunte porque, acho que só depois é que fui visitar um sitio de verdade!). Ou sonhava com os bolinhos de chuva da Tia Anastácia... Dá fome só de pensar!
Não tardou para que os filmes batessem a minha porta. Não tinhamos acesso ao antigo aparelho de vídeo, muito menos ao cinema. Mas, quando passava um filme interessante na tv, meus pais, minhas irmãs e eu preparavamos a pipoca! Era tão gostoso! É tão gostoso... Foi assim que, todos juntos, fomos assistir o último filme do Senhor dos Anéis no cinema. Nossa irmã caçula, Larissa, tinha só seis anos e assistiu um filme de mais de duas horas tranquilamente... Acho que é herança de família!
No entanto, minha primeira vez ao cinema foi para ver Ghost: do outro lado da vida! Fiquei tão emocionada, encantada, deveria ter uns doze anos, mas guardo até hoje comigo aquela sensação de surpresa! Novamente, um presente do Bill. Minha irmã, a Kinha, queria sentar nas primeiras fileiras, mas logo mudou de ideia quando as primeiras imagens apareceram... Ela levou um susto!
E foi assim que me apaixonei!E como se por um momento eu pudesse me transportar a outros mundos. Alguns antigos, em preto em branco ou mudo, outros almodovarianos ou lindamente em tons de verde como os de Amelie Poulain. Alguns com a força da realidade brasileira, outros com a frieza de alguns costumes europeus.
Acho que meus amigos descobriram essa minha paixão e sempre me pedem indicações. Não sou especialista, de forma alguma. Um crítico poderia se decepcionar com meu ponto de vista. Mas, não me importo, porque filmes e livros foram feitos para serem degustados, apreciados e compartilhados por pessoas como nós. Simplesmentes humanos.É por isso que tenho aqui a ousadia e a petulancia de indicar e falar do que conheci desse mundo rico do imaginário dos livros e filmes, por várias vezes tão real e impressionante.
Lembro-me de, ainda criança, ter sido apresentada, por meus pais e pelo Bill, ao Sítio do Picapau Amarelo e ao Estranho Caso da Borboleta Atíria. Queria ter sido aquela borboleta e acreditava que o cheiro do livro do Monteiro Lobato - uma primeira edição bem conservada - deveria ser o cheiro do sítio... (não me pergunte porque, acho que só depois é que fui visitar um sitio de verdade!). Ou sonhava com os bolinhos de chuva da Tia Anastácia... Dá fome só de pensar!
Não tardou para que os filmes batessem a minha porta. Não tinhamos acesso ao antigo aparelho de vídeo, muito menos ao cinema. Mas, quando passava um filme interessante na tv, meus pais, minhas irmãs e eu preparavamos a pipoca! Era tão gostoso! É tão gostoso... Foi assim que, todos juntos, fomos assistir o último filme do Senhor dos Anéis no cinema. Nossa irmã caçula, Larissa, tinha só seis anos e assistiu um filme de mais de duas horas tranquilamente... Acho que é herança de família!
No entanto, minha primeira vez ao cinema foi para ver Ghost: do outro lado da vida! Fiquei tão emocionada, encantada, deveria ter uns doze anos, mas guardo até hoje comigo aquela sensação de surpresa! Novamente, um presente do Bill. Minha irmã, a Kinha, queria sentar nas primeiras fileiras, mas logo mudou de ideia quando as primeiras imagens apareceram... Ela levou um susto!
E foi assim que me apaixonei!E como se por um momento eu pudesse me transportar a outros mundos. Alguns antigos, em preto em branco ou mudo, outros almodovarianos ou lindamente em tons de verde como os de Amelie Poulain. Alguns com a força da realidade brasileira, outros com a frieza de alguns costumes europeus.
Acho que meus amigos descobriram essa minha paixão e sempre me pedem indicações. Não sou especialista, de forma alguma. Um crítico poderia se decepcionar com meu ponto de vista. Mas, não me importo, porque filmes e livros foram feitos para serem degustados, apreciados e compartilhados por pessoas como nós. Simplesmentes humanos.É por isso que tenho aqui a ousadia e a petulancia de indicar e falar do que conheci desse mundo rico do imaginário dos livros e filmes, por várias vezes tão real e impressionante.
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